Suzuran Koya

> Galpão abandonado há muito tempo, mas ainda tem uma estrutura muito resistente.
> O lado de fora é mal cuidado, mas seu interior foi totalmente renovado, se parecendo com uma mistura de hotel, ginásio e "cantinho do relaxamento".
> Domínio da facção Seiryu.

*Ruka então chega em sua base de operações, puxa uma chave de seu bolso destranca a porta e entra. Tudo estava do jeitinho que ela deixou quando partiu para visitar seus pais. Sacos de pancada, bonecos de treino, uma T.V velha, mesa de bilhar, cadeiras, cinzeiros, absolutamente tudo que poderia se imaginar, junto em um mesmo local. Ruka se jogou em uma das cadeira que estava mais próxima e cruzou suas pernas sobre a mesa de bilhar que seus companheiros usavam. Sim, companheiros. Ela era provavelmente a única Líder dentro das Quatro Facções que pensava neles como companheiros, e não subordinados.*

- Talvez eu devesse ir até o templo e ver o Kariya...

*Ruka balançou sua cabeça negativamente com força, afastando aquele pensamento logo de sua mente. Desde que ela tinha se tornado Líder da Seiryu a rivalidade com Kariya tinha se tornado mais violenta do que ela imaginava. Ele levava aquele assunto muito à sério... Com um suspiro longo e pesado, Ruka fechou os olhos e decidiu relaxar por alguns instantes.*

*Entrou lá abrindo a porta com uma mão e com a outra no bolso, com um cigarro na boca com apenas 1/3 do seu tamanho original. Deu alguns passos pra dentro e observou que tinha uma mulher por lá. Parecia quase da mesma idade que Yori, mas tinha uma aparência um tanto ameaçadora. Apesar de ser bem bonita. E gostosa. E por causa disso foi meio impossível pro guri conter um sorrisinho besta. Mas tragou o cigarro mais uma vez, tirou o mesmo dos lábios usando a mão livre e soltou a fumaça, falando alto para a garota que estava sentada lá.*

- Ô, mina. Sabe quem é o chefe dessa área aê?

*Inconsciente do que estava fazendo, Yukino entrou na edificação, esbarrou em alguns objetos até que seu corpo não aguentasse se mover insconscientemente e ela caisse de cara no chão, desmaiada, talvez por não ter comido nada durante a viagem e ter feito um treinamento sem se preparar*

*Ruka abre apenas o seu olho esquerdo, enquanto, bem discretamente, agarra o cabo de seu boke, recostado ao lado de sua cadeira. Analisa rapidamente o rapaz que a chamou com tanto desrespeito, mas decidiu perdoá-lo assim que o reconheceu... O menino que estava no Jun Fan Gym minutos atrás... Certamente tinha topado com Ryuji dormindo e percebeu que aquela facção não tinha muitas chances de vencer.

- A Líder dessa Facção é Kawashima Ruka, ou a Princesa dos Dragões, como toda Reiroukan a chama.

*A mulher então se levanta, apoia seu boken sobre seu ombro direito, sem se importar com sua barriga que estava exposta nem com o olhar do rapaz a sua frente. Ela estava acostumado com aquele tipo de reação.*

- E essa, por um acaso, sou eu.

*Viu que antes da Ruka responder, segundos antes na verdade, uma menina entrou cambaleando e caiu ali no canto. Yori olhou aquilo sem entender caralhos nenhum e foi pra perto dela, cutucando o lado do corpo dela com a ponta do pé. Esperava que ela não esboçasse reação, então voltou a olhar a garota, que agora ele sabia que era a líder. Aquela pose, aquele bokken... Realmente eram de respeito. Dava pra ver que ela não era uma garota comum desde o início. A olhou novamente dos pés à cabeça, e dava pra perceber que sua vestimenta era um tanto... Reveladora. Mas nada de se esperar do líder de uma "gangue", né? Afinal, se fosse homem, não usaria as faixas. Então desfez o sorriso e deu de ombros, tragando mais uma vez o cigarro e logo após, indo até o cinzeiro e batendo o mesmo ali, depositando as cinzas. Por fim, deixou-o na boca e levou as mãos aos bolsos.*

- Ah! Princesa dos Dragões. Que daora. Bom, eu tinha ido no território lá do dojô chinês, mas o chefe parecia estar dormindo. A guria ali tava lá também. - *E olha pra coitada da Yukino, e depois olha pra Ruka de novo.* - Ainda to pensando pra qual facção entrar nessa briga, e queria conhecer os chefes. Você tem jeitão de ser forte, e tem jeitão de líder também. Gostei disso.

*Ruka relaxou um pouco ao ouvir o rapaz. Já que ele não era um Genbu oficial, ela não tinha motivos para ser agressiva ou antissocial com ele. Pelo contrário, talvez ele até se tornasse um Seiryu em um futuro próximo.

- O Ryuji é assim mesmo, ele sequer queria ser um líder pra começar, mas é bom de briga, sou forçada a admitir. Bom o bastante para conseguir durar contra o Kariya em uma luta de mãos nuas... Pelo menos é o que eu acho.

*Ruka então se senta novamente em sua cadeira, e aponta outra, fazendo um gesto para que o rapaz se sentasse. Nem se incomodou com o fato do raapz estar fumando dentro de um local fechado, já que a maioria da Seiryu fazia o mesmo. Eis a razão de ela ter espalhado cinzeiros pelo lugar todo.*

- Você ainda não me disse quem é você. Nem o motivo de ter vindo para Reiroukan.

*Yukino começa a retomar aos poucos os sentidos, seu olho esquerdo que estava preto passou a se tornar branco, mostrando apenas o ponto preto da pupila, e demonstrando que ela estava sem qualquer temperamento em especial. Após levantar e ouvir os sons diferentes do local onde estava, Yukino abaixou-se, apalpou o chão para encontrar seus óculos, e assim que os encontrou, colocou-os para poder ver o que tinha em seu entorno*

Uhh... Ahn... Onde é que eu to? depois de sair daquele daquele treinamento no dojo eu não lembro de nada...

*Yukino olha pra Yori*

Você eu vi lá no dojo, era o tal... Yori, não é?

*Yukino vira rapidamente para a moça que estava em outra cadeira*

..Você eu vi saindo do outro onibus lá na rodoviária, mas não sem quem você é...

*Ainda se levantando a barriga de Yukino roncou em alto e bom som, revelando de fato que ela, e antes que pudesse ouvir a barriga roncar novamente, Yukino tirou uma caixa de pocky de dentro da  mochila que estava em suas costas e desatou a comê-los, ainda olhando para a moça*

Meu nome é Yukino Akiyama, aluna recem chegada ao reiroukan, primeiro ano, e você, quem seria?

*Ruka olha um pouco confusa para a menina. Afinal, ela tinha chego e desmaiado logo depois do rapaz, e do nada acordou como se não soubesse como tinha chego ali. Aquilo foi no mínimo estranho. Mas sendo da família tradicional que era, Ruka não deixaria a estranheza de alguém impedí-la de mostrar certo grau de educação. Sendo assim, chutou uma cadeira para perto da garota e pediu para que ela se sentasse.*

- Kawashima Ruka, a Princesa dos Dragões, Líder da Seiryu, segundo ano na Reiroukan Gakuen.

*Se apresentou de forma extremamente formal, sem esboçar simpatia nenhuma em seu rosto, e ainda segurando seu boken bem firme.*

- Dá pra ver pelas suas coxas e a forma das suas costas... Uma capoeirista não? Lhe faço as mesmas perguntas. Quem é você e o que faz em Reiroukan?

*Yukino ouviu atentamente as palavras de Ruka e após curvar-se em sinal de respeito, sentou-se na cadeira, para reapresentar-se e responder as perguntas proferidas pela lider da Seiryu*

Como disse a pouco, meu nome é Yukino Akiyama, aluna do primeiro ano da Reiroukan koukou, criada na arte da capoeira, mestra no uso do losango aberto invertido. Cheguei a pouco tempo do Brasil, onde vivia um tanto no estado da Bahia e outro no estado do Paraná, e vim ao japão juntamente com minha mãe, baixista da banda Houkago tea time, e com minha avó Choi Mochimazzi, mestra de capoeira. Vim a Reiroukan para melhorar minhas habilidades, uma vez que Capoeira é Luta, mas capoeira é dança, arte e filosofia de vida. Creio que saiba quem é aquele que estava no dojo onde eu, sem saber que era domínio de uma facção, estive treinando minhas habilidades. Peço desculpas pelos meus atos que fiz a pouco tempo atrás, não me preparei antes de realizar meu treinamento, e por isso sucumbi a fome e agi em inconsciencia.

*Yukino retornou a comer os pocky até acabar o ultimo na caixa, e após isso guardou na bolsa a embalagem, afinal, devia dar um destino à embalagem*

*A guria da dança cada vez era mais esquisita. Yori resolveu se perguntar se aquilo tipo de coisa era contagioso e logo tragou uma última vez o cigarro, pensando seriamente nessa possibilidade. Enquanto filosofava, foi até a cadeira que Ruka apontou, sentando ali e enfiando o cigarro no cinzeiro da mesa ao lado, apagando-o. Ficou sentado com a coluna levemente projetada para frente, apoiando os antebraços nas coxas e observando Yukino. Assentiu com a pergunta dela sobre se ele era Yori e ficou a olhando com cara de cu. Ela falava demais, e isso era meio irritante, mas ela tava só se apresentando e seu currículo era grande. Depois da sua apresentação, olhou pra Princesa dos Dragões com a mesma expressão e foi falando.*

- Bom, eu sou Kawakita Yori. Vim pra cá porque precisava ir pro ensino médio e tava chato bater na molecada lá de Rikuzen, aí pensei que aqui poderia achar gente forte. E acertei em cheio. - *Olhou com o canto do olho pra Yukino e depois voltou a atenção pra Ruka.* - Lá eu era conhecido como o Bancho. Treinava Kung Fu com meu avô, mas tenho meu próprio estilo de luta.

*Ruka ouve atentamente os dois se apresentando. Eles eram como todos os outros que chegam em Reiroukan, desejando se tornar mais fortes ou querendo provar sua força. Ao menos eles estavam no lugar correto. Mas ela teria que explicar um conceito básico em Reiroukan que pelo visto eles não conheciam muito bem, dadas as respostas de ambos. Sendo assim, aponta para uma das janelas do galpão, mais precisamente, para o galho de uma árvore.*

- Vocês conseguem ver aquele pardal lá fora? Ele é castanho, pequeno, voa de forma aceitável, anda saltitando, se alimenta de pequenos insetos e nós humanos o chamamos de pardal-comum. Mas nenhuma dessas coisas me mostra quem ele é, apenas o que ele é.

*Ruka então olha para os dois novos alunos com certo entusiasmo, mas que só poderia ser percebido por aqueles que a conheciam há um bom tempo. Ela equilibra seu boken em seus ombros e aponta para os dois, logo se pondo a falar.*

- Vocês me disseram seus nomes, mas eu não perguntei seus nomes. Vocês me disseram seus estilos de luta, de onde vieram e outras coisas que eu não quero saber, pois só definem O QUE vocês são. Eu quero saber QUEM vocês são, e em Reiroukan, só existe uma maneira de mostrar isso, e eu desconfio que vocês já saibam qual é.

*Yori não conseguiu conter um largo sorriso ao ouvir o pedido de Ruka. Cada vez mais ele se interessava por ela e achava que seria uma ótima ideia entrar para a Seiryu. Assentiu com as palavras finais dela e se levantou da cadeira, indo para uma parte vazia. Ali tirou a parte de cima do uniforme e jogou num canto, revelando seu corpo bem treinado e com várias cicatrizes pelo mesmo.*

- Eu vou lutar contra você, Kawashima-san? Ou contra a Akiyama-chan? Apesar da minha preferência ser contra você.

*Disse tudo a olhando e, apesar da seriedade no olhar, mantinha um sorriso empolgado nos lábios. Deixou as mãos novamente nos bolsos, porém, controlou melhor a própria respiração, normalizando-a e mantendo-a calma, contínua e profunda. Desta maneira, conseguia controlar melhor o próprio Ki, distribuindo-o proporcionalmente por todo o corpo. As duas ali podiam vê-lo, ou no mínimo, sentí-lo.*

*Yukino ouve atentamente as palavras de ambos, Ruka e Yori, seu olho já passara de branco a rosado, demonstrando seriedade. Assim que Yori proferiu a ultima palavra, Yukino retirou os óculos, retornando a ver apenas pontos e borrões, despiu-se de suas roupas escolares e tornou a vestir as roupas alvas de luta, sem se importar em estar sendo vista por Yori e Ruka. Esboçando um olhar extremamente sério de Ruka a Yori, ela apenas proferiu algumas palavras em portugues. Yukino passou a caminhar até a frente de Ruka e proferiu as mesmas palavras em japones, ligeiramente curvada em sinal de respeito*

Se assim desejas, poderei sim demonstrar quem sou

*Ali estava a prova. O instinto de Ruka nunca errava. Eis um material que poderia ter um lugar na Seiryu. Mas aquele tipo de teste não combinava muito com a Princesa dos Dragões... Era muito arriscado. Ela poderia perder um soldado, ou até mesmo os dois. Ela faria de uma forma um pouco diferente...*

- Não ia pegar bem se alguém como eu desse uma surra em um aluno que até então é neutro, se entrarem em outra facção, o que é possível já que sou apenas a segunda pessoa que estão visitando, isso seria um problema que eu não quero no momento. E também não seria uma boa deixar que vocês dois se matem e eu perca dois prováveis membros. Então vamos fazer assim...

*Ruka se levantou da sua cadeira, deixou seu boken de lado e jogou sua jaqueta em cima da mesa de bilhar, deus alguns passos e ficou parada, com os braços abertos e o olhar fixo em Yori.*

- Hit me with your best shot... E aí eu te acerto com o meu.

*Yukino retorna a por seus óculos, vê que Ruka sequer muda sua expressão, porém ouve atentamente a batida do coração de ruka, sente que ela (Ruka) se irritara com o uso de fogo, Assim que o fogo de seu cabelo se extingue, Yukino vai até sua bolsa e pega um tanto de fósforo branco e coloca novamente no interior da pedra que ha momentos atras pegava fogo.*

Não vejo sua expressão facial alterada, porém sinto, pelas batidas de seu coração, que não lhe agradou o uso da ciencia com a luta. não lhe culpo por suas interpretações destes movimentos.

*Após isso, Yukino segue até seus pertences, e retira dali sua guitarra, e começa a tocar uma musica que lhe veio à memória, seus olhos passaram do rosa para um anil, mostrando seu temperamento de nostalgia e serenidade ao tocar tal música*



*Yukino Cantando* Nee, Omoide no Kakera ni...

*Assim que terminou de tocar tal música, Yukino deixa a guitarra de lado e medita um pouco, até soltar suas ultimas palavras antes da demonstração de Yori*


O fogo não é magia, é energia, que flui de uma substancia, tem sempre uma origem, seja física, seja quimica. Assim como em algum passado possa ter pensado que isto é algum truque de mágia, a combinação de fósforo P4 e Gasolina de alta octanagem, conduzidos por sulcos no mármore dá forma ao fogo, logo, podes perceber que isso não é nada senão ciencia. Na o sentimento segue este mesmo fluxo, o sentimento se transforma em ação, a ação se torna movimento, o movimento se torna energia nas diversas formas. pode ter fechado suas expressões para miha análise, porém, assim como disse Kurokawa Eren, eu não posso parar a batida de meu coração. E com efeito, a batida é indomável, se você controla ela, acaba por ser controlado, então deve seguir o fluxo de seu corpo. Lhe digo isso por experiencia própria. Você pode se fechar àqueles que possuem poucas habilidades para reconhecer com quem está falando, porém para aqueles que podem reconhecer os sentimentos sem ser pela expressão facial ou corporal. Um ouvido verdadeiro como o que possuí desde criança ajuda, mas não é tudo. Porém para isso deves saber a hora de transparecer os sentimentos e a hora de torná-los ocultos.  

*Yukino fechou sua expressão, se tornara impassível por um momento para terminar sua explicação que envolvia seus conceitos*

Aqui, você está em seu território, nós só somos novatos que nem nos juntamos facção, ao pedir para mostrar nossas habilidades, estava sim preparada para receber os golpes fisicamente, porém não fechara a porta aos seus sentimentos, uma vez que é lider desta facção, o que desaba sob seu posto de Princesa dos Dragões, e apesar de se mostrar imponente como uma lutadora de kendo, vive sob a influencia de sentimentos em seu coração,e isso, apesar de não ser explorado por muitos lutadores, pode ser usado contra você a qualquer momento. Queime isso em tua mente, e não sucumbirá mais a boa parte de seus rivais

*E após isso, Yukino toma em seu colo a guitarra novamente e começa a tocar outra musica*

*Observou Akiyama e seus movimentos e viu que não passava de uma série de truques. Navalha entre os dedos, pedra que pega fogo... E isso era um tanto irritante. Por que não lutar como gente, ao invés de usar truques?! Yori estava louco pra descer a porrada, mas agora a guria parou e começou a tocar guitarra. Hã?! O rapaz ficou a olhá-la, sem entender muito, esperando que terminasse. "Ok, terminou, agora é minha v..." Só que ela começou a falar, e falar, e falar, e ele ficou a olhando com cara de cu enquanto ela deu aquele sermão. Ele só prestou atenção até a primeira palavra "substância". E depois o final que falava sobre sentimentos, o que Yori discordou totalmente com a guria, mas fazer o quê, né? Agora ela terminou! Era a vez dele, que foi se preparar e... Guitarra de novo. Suspirou, um pouco irritado, olhando Ruka agora com cara de "puta que pariu né". Ok, finalmente Yukino terminou. Mas o primeiranista não fez nada ainda, ficou olhando ela e esperando que ela continuasse.*

- Deu aê? Tá, beleza.

*E então, virou-se para Ruka. Afastou as pernas e flexionou-as, de forma que formassem uma linha diagonal entre si, de modo que a esquerda estivesse à frente e a direita atrás, enquanto o tronco permaneceu de frente para ela. manteve o punho direito próximo ao peito, virado contra si, enquanto o esquerdo ficava mais à frente, virado para cima. Novamente aumentou o fluxo de Ki pelo corpo. Sua respiração normalizou novamente e pareceu estar calma e constante. Concentrou uma boa quantidade de Ki em seu punho direito e subitamente avançou a perna direita para frente assim como o punho direito em uma velocidade tremenda, socando Ruka diretamente na barriga com toda força possível. Aquela era uma de suas técnicas, a que ele chamou de Impact. Com certeza aquilo lhe daria, além de um considerável dano interno e externo, boas dores internas. Era completamente previsível e fácil de se esquivar, mas como era uma demonstração, não viu problemas. Depois, deu dois passos para trás e deixou os braços soltos, olhando-a com o mesmo olhar de antes - sério -  e o mesmo sorriso - empolgado.*

- Sua vez, Kawashima-san. Não se segura nem fica se contendo, fechô?

Spoiler:

*Yukino vê que Yori se irritara com suas palavras demoradas, e apenas falou*
A música podia ter sido usada pra você atacar de acordo com o ritmo. se não gostou de que eu tenha falado muito, que lutemos um contra o outro

*Ruka simplesmente agarra seu boken com força, preparada para mostrar porque ela era a Princesa dos Dragões. Quem era aquela pirralha para lhe falar tudo aquilo? E ainda mais, para falar de seu título com tanto desdém? Ruka simplesmente não gostava de truques como aqueles, uma vez que a Seiryu já tinha tido uma reputação horrível por conta deles. E agora, ela não demonstrava o menor respeito pelo rapaz que tinha acabado de se "apresentar" diante da realeza. Raramente Ruka perdia sua compostura, e aquela era uma dessas situações raras. O vidro das janelas trincou, lembrando a garota o motivo pelo qual ela não poderia usar aquela técnica fora do Santuário...*

- Eu devia lhe dar uma amostra do que o Harusame Ryuu é capaz... mas vou deixar isso para outra oportunidade... Yori, por favor aguarde uns instantes.

*Ruka se aproxima da garota que a ofendeu tanto em sua própria casa, agarrou-a pelo colarinho da blusa e a levou até a porta do galpão.*

- Corrija seu comportamento e observe bem a sua língua, outras pessoas por aqui quebrariam o seu pescoço por muito menos, mas a Seiryu tem regras sobre machucar alunos neutros, regras que eu devo seguir.

*Dizendo isso, Ruka deu um chute na bunda da primeiranista, jogando-a para fora do sue lar, e rezando para que ela resolvesse entrar em uma facção logo para que ela pudesse lhe dar uma surra. Logo em seguida, arremessou a guitarra e a mala da garota atrevida, batendo a porta com tudo e a trancando logo em seguida.*

- Yori-chan, desculpe por esse comportamento, normalmente não sou assim... Podemos?

*Yori não realizou o golpe porque Ruka pediu um tempo. Só por aquilo ele já estava ODIANDO a garota e tava louco pra dar uma surra nela. Mas pelo jeito, a Princesa dos Dragões já o faria. Deixou as mãos nos bolsos e riu, vendo que ela foi jogada pra fora na maior. Bom, ela mereceu, e Yori esperava não vê-la voltar mais lá. Porque, porra, o garoto já estava EMPOLGADÍSSIMO para mostrar a força pra Ruka. Mas agora que ela não estava em seu caminho, daria. Deu de ombros, sorrindo com o que Ruka disse.*

- Sem problemas. Ela tava um pé no saco mesmo.

*E Yori ficou na posição de combate de antes, que por ter sido utilizada em vão, não vou descrevê-la em detalhes. Porém, não utilizou técnica alguma, apenas normalizou e manteve constante o fluxo de Ki internamente.*

- Então, posso agora?

*Ruka se prepara para receber o golpe, esperando que dessa vez ela visse uma técnica digna de ser usada em sua presença. e não uma mistura de produtos químicos ou qualquer outra coisa.*

- Manda ver.

*Mantendo a respiração calma e contínua e ainda perto de Ruka, Yori novamente concentrou Ki em sua mão direita e avançou o pé direito e recuou o braço esquerdo, avançando o braço direito numa velocidade absurda, quase rasgando o ar. Realizou o golpe então diretamente na barriga dela, utilizando a mesma técnica de antes: Impact. O dano era considerável, principalmente interno, e isso poderia acabar causando bastantes dores à Ruka. Depois do golpe voltou à posição normal, de pé, mas com os braços para baixo, mas não os relaxou. Na verdade, manteve o fluxo de Ki e tentou manter-se firme.*

- E então? O que acha? Aliás, é sua vez. Não fica se contendo, vai com tudo mesmo.

Spoiler:

*Ruka contrai seu abdômen com toda a força que tinha, mas ainda sim sentiu o duro golpe de Yori. Ali estava uma boa técnica, sem joguinhos, apenas a boa velha disciplina. Mas tinha algo além... Manipulação de Ki.*

- Ao menos não me enganei ao seu respeito... Minha vez.

*Ruka colocou seu boken ao lado de sua cintura, imitando uma katana ainda embainhada, deu um passo largo para frente e puxou seu boken com uma velocidade absurda, golpeando Yori nove vezes consecutivas, sendo o último golpe em sua testa.*

- Sakura-Kami no Odori

Spoiler: